quarta-feira, 2 de abril de 2008

Conhecendo sobre interatividade

Fonte: www1.folha.uol.com.br

Diferenças entre a transmissão atual e a transmissão digital

Fonte:www.maisacao.net

O que vai mudar


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A Tv brasileira do sol nascente




A escolha do modelo brasileiro de TV digital foi bastante conturbada. Houve grande pressão por parte das emissoras, dos fabricantes dos aparelhos e até mesmo de governos de outros países. Três sistemas disputaram a predileção: americano, europeu e japonês. Depois de muita discussão, escolheu-se o modelo de tecnologia japonesa pela facilidade no uso da imagem em aparelhos móveis (celulares) e também por ter um sistema de transmissão robusto (indicado ao terreno acidentado de algumas cidades).
Apesar das vantagens em adotar o padrão japonês, existem dificuldades para a sua instalação. Uma primeira desvantagem é que há um distanciamento entre culturas e idioma, o que pode dificultar a comunicação com empresas e órgãos governamentais japoneses. Além disso, por ser o padrão mais novo, também é o menos testado.
Outro fator negativo é que somente o Brasil e o Japão utilizam essa tecnologia, ou seja, existe um risco de isolamento que prejudica a possibilidade de exportar componentes eletrônicos. Também é relevante perceber que com o padrão japonês não é necessário o uso das antenas de telefonia celular para a transmissão, assim, os aparelhos capacitados para a operação vão ser extremamente caros (as empresas de telefonia não lucram nada com as transmissões e, portanto, não tem interesse em diminuir os custos de adaptação dos celulares).

quinta-feira, 27 de março de 2008

Parceria na Tv digital é exceção

Tecnologia adotada no Brasil se baseia em padrão japonês

A TV digital que estreou em dezembro na Grande São Paulo é resultado de uma parceria entre o Brasil e o Japão. O sistema brasileiro é uma evolução do sistema japonês, com um padrão mais avançado de compressão de vídeo e um software de interatividade criado por pesquisadores do Brasil. "É um padrão nissei", brinca Virgílio Amaral, diretor de Tecnologia da TVA.

Em 2000, a Universidade Mackenzie comparou o padrão japonês com o americano e o europeu. A tecnologia do Japão teve a melhor performance, e foi escolhida como base do sistema brasileiro. É o padrão mais bem preparado para a mobilidade, com recepção em celulares.

O lançamento da TV digital aproxima o Brasil do Japão no setor de tecnologia, e abre espaço para a cooperação tecnológica e o intercâmbio comercial."Existe um estímulo de ambos os governos para alianças", afirmou Yasutoshi Miyoshi, presidente da Primotech21, que representa fabricantes japoneses de componentes eletrônicos no País. Vários técnicos japoneses, de empresas como NEC e Toshiba, vieram ao Brasil para auxiliar no lançamento da TV digital.

Em abril de 2006, um grupo de representantes do governo brasileiro visitou Tóquio para negociar um acordo de TV digital com o Japão. Participaram os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Hélio Costa (Comunicações) e Luiz Fernando Furlan (então à frente do Desenvolvimento). Em junho do mesmo ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que oficializou a escolha. O ministro japonês do Interior e das Comunicações, Heizo Takenaka, participou da cerimônia em Brasília.

quarta-feira, 26 de março de 2008

TV digital:é necessaário uma política sensata


Falar sobre TV digital é muito complexo, pois envolve tanto questões socioeconomicas quanto politicas. Tal abrangência é insignificante ou ainda desconhecida por muitos,o que nao deveria ocorrer. Aderir a esta nova tecnologia implica em varias ações.
Assim,cabe ao governo a realização de uma política sensata para a TV digital considerando esforços anteriores e conciliando interesses econômicos,de desenvolvimento do parque industrial eletrônico;sociais, promovendo a inclusão digital, a democratização dos meios de comunicação e a veiculação de conteúdos regionais sem acabar com o caráter de integração nacional que a televisão assumiu no país; e políticos,na medida em que a definição do padrão a ser usado possa reforçar a participação democrática ou a atual política externa brasileira. Se essas suposições não forem atingidas em sua integralidade, há o risco do governo atual ficar idem ao anterior,fazendo com que o sistema fique apenas no discurso,ou então, produzir uma realidade que, se a princípio se encaixa em um discurso de prosperidade e autonomia,num prazo maior, possa resultar em um efeito contrário.

terça-feira, 25 de março de 2008

Campanha da TV Digital


O video acima mostra algumas propagandas formuladas pelas principais emissoras de TV do Brasil para divulgar os benefícios da TV Digital para a população. A base da estratégia são comerciais de 30 segundos que mostram a “Família Nascimento”, uma típica família Brasileira (com pai, mãe, um casal de filhos, empregada e o “vizinho que é de casa”) empolgada com a nova tecnologia. O nome foi escolhido para simbolizar o nascimento da TV Digital no país.
Os spots de 30 segundos focam em características como a qualidade, portabilidade, interatividade e no que é necessário para usufruir do novo serviço. Foram produzidos pela Central Globo de Comunicação e exibidos pela primeira vez, no dia 03 de outubro de 2007.
A principal curiosidade do brasileiro é saber quais serão as mudanças com a implantação do sistema digital. O primeiro grande impacto é a ALTA DEFINIÇÃO que aparece na mídia com as siglas HD (High Definition - Alta Definição) ou HDTV (High Definition Television - Televisão de Alta Definição) em inglês. Alta Definição significa ver mais detalhes na imagem. O telespectador vai sentir a diferença, porque as distorções da TV analógica desaparecerão, ou seja, teremos uma imagem limpa e ainda um som com qualidade dos atuais CDs. Uma grande novidade é que o sistema de TV Digital permite que os programas possam ser vistos dentro de ônibus, carros, barcos, aviões, Lap tops, em celulares com os telespectadores em movimento, nos desk tops dos escritórios, ou até com receptores de bolso. A TV Digital também proporcionará interatividade, ou seja, permite fazer compras pela TV sem ter que usar telefone, votar em pesquisas, consultar o guia de programação das emissoras e outros serviços que vão aparecer à medida que o sistema for se consolidando em todo país.

sábado, 22 de março de 2008

Os contras da TV Digital.



A era da televisão digital vem fundida a um marketing, muitas vezes, ilusório, de desenvolvimento e melhoria no envio de informações para todo o Brasil. Mas, também fundida à implantação da TV Digital no país, estão inúmeras possíveis conseqüências que não são tão benéficas assim, quanto dizem ser a TV Digital.
A escolha do presidente Lula pelo modelo japonês de alta definição (e não o de multiprogramação) está, explicitamente, ligada ao monopólio da Rede Globo que estaria correndo risco caso o outro modelo fosse escolhido. Essa opção não se difere muito do que já estamos habituados a encontrar na TV analógica, sendo criados apenas, basicamente, só mais quatro canais abertos, mantendo os já existentes.
Além disso, há o grande risco de a TV deixar de ser gratuita. A interatividade da TV Digital brasileira usará um canal de retorno que, provavelmente, será pago, sendo, grande parte das funções, controladas pelas operadoras de telecomunicações. Isso, para quem possui telefonia fixa não será um grande problema; mas, visto que, a maior parte da população do país é de baixa renda e utiliza os serviços de telefonia móvel, o fato de terem que gastar com a implantação de telefonia fixa em suas casas, será definitivamente um grande problema. Com isso, a população de baixa renda não poderá fazer uso da interatividade, pausando uma cena, vendo uma outra parte da novela, pedindo um produto, etc.
E se não bastasse essa forma forçada de adquirir telefonia fixa, outro assunto também polêmico é o preço dos conversores. O governo havia anunciado que os preços não passariam de R$ 100, mas a indústria já afirmou que tal valor é inviável e que os esses preços poderão chegar até R$ 800.
E assim, mais uma vez nos depararemos com a tão vigente Exclusão Social que é encontrada em nosso país.
Não só satisfeita com a exclusão social, a TV Digital pode acarretar mais um relevante problema: a questão dos direitos autorais. Segundo o responsável pelas operações latino-americanas da Motion Pictures International, Steve Solot, as perdas anuais com cópias de filmes não autorizadas no Brasil são de mais de US$ 100 milhões, e se não fizerem a proteção da televisão digital aberta do país, os conteúdos poderão ser pirateados e qualquer pessoa poderá funcionar como emissora.
Seguido à isso, mais um problema, que pode ser um dos mais chatos, é o bloqueio de gravação dos programas transmitidos em digital. Aqui, entram interesses maiores: a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), representando os maiores grupos de mídia no Brasil, pediu ao Comitê de Desenvolvimento da TV Digital, formado por dez ministros e presidido pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para que uma regulamentação fosse criada a fim de impedir os telespectadores de executar uma segunda gravação em qualquer programa veiculado a partir da estréia da TV digital.
Atualmente, qualquer pessoa pode gravar um programa em CD, DVD ou VHS e a partir daí levar o conteúdo para outro equipamento, como o computador. Mas as emissoras querem mudar isso; ao utilizar o setup box, o consumidor poderá fazer apenas e primeira gravação (para assistir um programa em outro horário, por exemplo), mas não seria possível efetuar a segunda gravação.
Com tudo isso, então, podemos ver que a TV Digital não é essa atração tão maravilhosa que nos vem sendo passada pelas propagandas. E, como tudo vindo do nosso excelente governo Lula, (que tenta, ou não, em vão, mostrar serviço): “por fora é bela viola, por dentro, pão bolorento”.




quarta-feira, 19 de março de 2008

Os bastidores da TV Digital


No dia 29 de Junho de 2006, foi implantado o decreto 5280/06 que consistia na implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital. A partir daí, surgia a dúvida: dar preferência a alta definição ou a multiprogramação? A escolha veio por um único fator: em ano eleitoral, o presidente Luís Inácio não queria contrariar a Rede Globo optando pela multiprogramação (fato que possibilitaria o surgimento de inúmeros canais, que resultariam em concorrência e diminuição da audiência da emissora), pois como o próprio presidente já havia presenciado no processo eleitoral que culminou na eleição de Fernando Collor de Mello, a Rede Globo foi capaz de elege-lo e tira-lo do poder.

Escolhido o sistema japonês de alta definição digital, o governo brasileiro deparou com uma pequena exigência dos japoneses: o Brasil apenas importaria a tecnologia, sendo proibido qualquer tipo de tentativa de desenvolvimento de tecnologias similares brasileiras. O governo aceitou, divulgou em plena copa do mundo, que a qualidade das imagens ficariam melhores do que imagens de DVD, e como todos estavam entretidos com a péssima atuação brasileira na copa, ninguém procurou mais informações. Porém não foi divulgado que faculdades e órgãos que desenvolvem tecnologia já haviam gastado mais de 50 milhões de reais com uma tecnologia praticamente idêntica à japonesa.

No fim das contas, o brasileiro terá aproximadamente 10 anos para fazer a transição entre a TV analógica e a digital. O custo dessa transição será relativamente baixo, mas, diga-se de passagem, apenas o custo da transição, uma vez que, a TV digital possibilita paralisações e flexibilidade da programação, porém tudo isso vem acrescido a conta, assim como TV a cabo e internet banda larga.

Agora resta saber, em um país com péssima distribuição de renda, essa TV digital será tão vantajosa quanto comentada?